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17/03/2020

Clima favorece reta final da colheita de soja em MS


A ausência de volume de chuva significativa em Mato Grosso do Sul nos últimos 15 dias resultou em condições favoráveis para a realização da colheita de soja safra 2019/2020 em todo o estado. A informação é do Boletim Casa Rural – Agricultura, divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul).

Até 13 de março, a área colhida de soja acompanhada pelo Projeto SIGA-MS já alcançava 82,6%, o que representa aproximadamente 2,613 milhões de hectares.

Ainda conforme o Boletim Casa Rural, a região sul está com a colheita mais avançada, em média de 83,5%, enquanto a região norte está com 83,1% e a região centro com 79,5% de média.

Mesmo com o clima favorável, a porcentagem de área colhida no estado na safra 2019/2020, encontra-se inferior em aproximadamente 8,90% pontos percentuais, em relação à safra 2018/2019.

Ainda conforme o levantamento divulgado pela Famasul, pragas, doenças e plantas daninhas estão sob controle e com incidência dentro da normalidade para o período.

Para os próximos dias, está previsto o retorno da chuva no estado, contudo, o volume máximo de precipitação deve ser de 20 mm.

A estimativa para safra de soja 2019/2020 é de 3,163 milhões de hectares de área plantada, com uma produção aproximada de 10,573 milhões de toneladas. A produtividade média deve manter-se em 55,7 sacas por hectare.

Em comparação aos dados da safra anterior, os números representam aumento de 6,18% na área plantada e aumento de 20,15% em relação ao volume de produção de grãos. Clique aqui para ter acesso ao Boletim Casa Rural – Agricultura, edição 349.

Cenário nacional

Apesar das fortes perdas provocadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, o Brasil deve colher 120,6 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020 e se consolidar como o maior produtor mundial da oleaginosa, superando os Estados Unidos. Os números são da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e fazem parte do boletim Estimativas de Safra, divulgado pela entidade nesta terça-feira (17/3).

Mato Grosso segue líder da produção do grão, com 34,013 milhões de toneladas, seguido por Paraná (20,508 mi/tons), Rio Grande do Sul (12,769 mi/tons), Goiás (12,500 mi/tons) e Mato Grosso do Sul (10,573 mi/tons). A área plantada no país atingirá 36,9 milhões de hectares. Clique aqui para ter acesso ao Boletim da Aprosoja Brasil.

Na avaliação do presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, a safra 2019/2020 pode ser considerada boa na maior parte das regiões produtoras.

“A região centro-oeste, que representa mais de 50% da produção brasileira e onde o plantio foi um pouco mais tardio por causa das chuvas, praticamente não apresenta problemas de produtividade. As lavouras no Matopiba, nos estados do Norte e no restante do Brasil estão indo bem. Apesar das dificuldades pontuais, seremos o maior produtor de soja do planeta”, avalia.

O quadro geral é diferente do que ocorre em regiões do Rio Grande do Sul, onde há perdas de cerca de quase 50%. Bartolomeu Braz diz que a entidade está atenta às necessidades dos produtores gaúchos e buscará apoio do governo federal para equalizar situações de endividamento dos produtores.

“Muitos produtores não têm um seguro agrícola adequado e vão atravessar uma situação difícil. Estamos trabalhando em conjunto com outras entidades para que os ministérios da Economia e da Agricultura viabilizem uma solução para o endividamento desses produtores. Há a possibilidade de uma resolução do Banco Central e até linhas de crédito específicas”, comenta.

Os números da entidade diferem dos dados apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Norte Americano de Agricultura (USDA), que em seus levantamentos apresentados em março apontaram colheitas de 124 milhões de toneladas e 126 milhões de toneladas, respectivamente.

“Nosso levantamento tem por base dados coletados nos 16 estados produtores, o que nos permitiu vermos o que está acontecendo com a produção. Conseguimos identificar perdas em decorrência da seca que aumentaram muito nas últimas semanas e que outros órgãos não apontaram em seus levantamentos. A Aprosoja Brasil tem feito isso com responsabilidade mostrando ao Brasil e aos mercados que as nossas projeções são feitas por técnicos e produtores”, reitera Bartolomeu.

Fonte: Famasul e Aprosoja Brasil

Foto: CJ/Pixabay

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